Política: 2016 já começou 1: o fator Vasquinho

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Como diria o ex-presidente Lula, nunca antes na história deste país uma campanha presidencial e estadual, como a deste ano, mexeu tanto com a política local de Paracatu. Nomes, partidos e posições que pareciam certos para 2.016, de repente,  não mais que de repente, como poetou Vinícius,  sofreram brutal transformação, tornando atual a máxima de Karl Marx, que vaticinava: “Tudo que é sólido desmancha no ar”. Senão, vejamos!

Vasco Praça Filho, o Vasquinho, único prefeito reeleito no cargo na história de Paracatu, era nome certo do PMDB para a disputa de 2.016. O pleito deste ano chegou, com Praça saindo do ninho peemedebista e optando por apoiar as candidaturas de Pimenta da Veiga (governador) Augusto Anastasia (senador) e Aécio Neves (presidente), todos  do PSDB. Tal opção, que ele quis fazer antes, mas foi dissuadido, não pareceria  tão estranha, uma vez que fidelidade partidária no Brasil é igual a enterro de anão:  existe, mas ninguém vê.  Ocorre que o deputado Antônio Andrade, seu amigo,  companheiro de agremiação e de grupo – e isso é o que verdadeiramente conta! -,  é o vice na chapa encabeçada por Fernando Pimentel,  candidato a governador pelo PT.

O resultado dessa equação política é que, para ficar com os tucanos Pimenta, Anastasia e Aécio, Vasquinho tem que ficar contra o PT, por quem não morre de amores, vá lá, mas também contra o seu PMDB, o amigo candidato a vice (Antônio Andrade) e o seu próprio grupo, nele inserida a influente e muitas vezes parceira Família Andrade Porto. Terá ele ambiente para ficar no PMDB e ser o seu candidato em 2.016, tendo tomado rumo diverso do partido agora? E o partido, por seu lado, descartaria Vasquinho, sabendo ser ele um campeão de votos e, no momento, franco favorito para vencer o pleito de 2.016?

Várias opções surgem à frente de Vasquinho, dependendo do  desempenho do trio Aécio/Anastasia/Pimenta nas urnas.  Uma delas é ficar no PMDB, mesmo com a insegurança que a sua opção de agora criou. A boca miúda, fala-se que lhe foi oferecido o comando do PSDB municipal, hipótese difícil de se consumar, uma vez que se trata de um partido consolidado, com tucanos históricos e que tem como estrela maior, no cenário local, o prefeito Olavo Condé. Aceitaria Condé, que está tomando gosto pela política, sair da sela e passar para a garupa? Como reagiria o grupo histórico ao comando de um cristão novo no ninho tucano? E se a trinca tucana amiga perder as eleições deste ano?

Entre enciumados e conscientes do que representa a perda de um político com o cacife do ex-prefeito, alguns peemedebistas, recorrendo à sabedoria do ex-vereador Marcão de Sá, advertem: “Cuidado, Vasquinho. Caititu fora do bando é comida de onça”. Mas, pelo sim e pelo não, flertam com o médico Humberto Costa Rabelo, o Dr. Bebeto, segundo colocado nas eleições municipais passadas e  que, segundo observadores, só perdeu a corrida eleitoral por ter aceitado a companhia de um grupo político que enfrenta forte  resistência por parte da população.

Vai daí que… bem, isso fica para a próxima semana, porque acabou o espaço! 

Do Toco do Pecado – Comentários de Florival Ferreira

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