"A bondade do SENHOR é a razão de não sermos consumidos,
as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã.
Grande é a tua fidelidade."
[Jr. 3.22,23]
A ideia escriturística de que Deus está no controle de tudo parece estranha à primeira vista. Temos a tendência de imaginar que, uma vez feito o universo, Deus teria se afastado, deixando leis físicas que governariam o cosmo independente de Sua vontade, o mesmo se sucedendo com a humanidade, que caminharia autônoma, governando-se a si mesma, sem a intervenção divina.
A Bíblia, no entanto, nos mostra o contrário do que apregoa essa ideia. Para tanto, basta uma breve olhada no Pentateuco [Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio] para chegarmos à conclusão de que o Deus revelado nas Escrituras intervém na história, primeiro, pactuando com o homem [Abraão]; depois libertando o seu povo das mãos de Faraó e, mais tarde, lhe entregando leis que governariam todas as esferas da vida do povo hebreu: civil, ética e religiosa.
Durante a longa caminhada que durou 40 anos, Deus sustentou o seu povo, abriu o Mar Vermelho para que os hebreus passassem a pés enxutos, deu-lhes o maná para que não morressem de fome enquanto durava a travessia e, mais extraordinário ainda, durante o dia uma nuvem cobria os peregrinos e, à noite, uma luz os guiava deserto a dentro.
Os cuidados não param por aí. Deus continuou falando através de seus profetas, que apontavam o caminho certo a ser seguido por aquela nação separada por Deus para ser o Seu povo. Interveio, por fim, quando enviou o seu filho unigênito para salvar a humanidade perdida, mormente aquela parcela que ele mesmo escolheu, adotando-os como seus filhos diletos.
Esse mesmo Deus que agiu no passado continua agindo ainda hoje em nossas vidas. Para tanto, imprescindível se faz reconhecermos a sua soberania e, ao mesmo tempo, a nossa dependência total a Ele, que tudo governa e de tudo cuida com mão poderosa.
