Agora, antes de comprar um medicamento os clientes serão induzidos a receberem recomendações dos farmacêuticos e dos vendedores especializados. Acredita-se que aumentando o contato deles com pessoas especializadas os riscos desta prática tão comum no Brasil, a automedicação, sejam diminuídos. Uma medida que se for desrespeitada acarretará ao estabelecimento uma multa que pode variar entre R$2.000 à R$1.5 milhões. Uma quantia pouco singela para o caixa das empresas de médio e pequeno porte de Paracatu que as levou a providenciar as adaptações.
Para a farmacêutica Rosana Borges da farmácia Droga Certa essas mudanças não trarão muitas modificação para o estabelecimento em que trabalha, pois muito antes desta medida ser aprovada a drogaria trabalhava já com esses princípios. Somente os itens de conveniência serão retirados. Segundo ela, o estabelecimento funcionará exclusivamente voltado para a saúde. Além disso, ela reforça que é necessário um intermediário ente o cliente e o remédio, pois não há necessidade da pessoa manipulá-los diretamente.
Sérgio Froes, farmacêutico residente em Paracatu há 15 anos compartilha desta opinião. Para ele essa medida veio em boa hora, pois os brasileiros tem o habito de consumir remédio. Afirma ele: “As pessoas procuram a farmácia para comprar um produto e acabam levando alguns remédios que não são necessários. Uma prática que será inibida, porém para ser válida a vigilância sanitária da cidade precisa ser atuante, pois ainda é comum a comercialização destes medicamentos em padarias, mercearias e supermercados”.
De fato, não e preciso andar muito para se certificar da veracidade do que falou o Sérgio. É possível encontrar nas mais simples mercearias e até em bares analgésicos e antitérmicos. Uma prática proibida e ao mesmo tempo comum que revela que as pessoas desconhecem os perigos da automedicação. Rosana alerta que o uso de remédios sem receita médica e sem as devidas recomendações podem causar complicações. Exemplo disso vem com o surto da dengue que assola nossa cidade. “Remédios que possuem o ácido acetil sasílico em sua fórmula (dório e aspirina) podem causar hemorragias e levar à morte se forem ingeridos por pessoas contaminadas. Um perigo que é ignorado por muitos”. Afirma ela
A equipe do Paracatu.net procurou a Secretaria de Saúde para falar sobre a fiscalização dos pequenos estabelecimentos que comercializam estes medicamentos sem autorização, mas não obteve nenhum parecer ainda.
Na foto a farmacêutica Rosana B. de Souza
