"Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas,
cada um se desviava pelo seu caminho;
mas o Senhor fez cair a maldade de todos nós sobre ele."
(Is 53.6)
A culpa, se não for bem tratada e compreendida, pode se transformar na mais terrível das doenças da alma. Freud e Nietzsche vão dar uma especial atenção à questão da culpa, tratando-a como uma terrível doença que assola, sobretudo, a cultura judaico-cristã ocidental.
É que há, ou co-existe, dentro de cada um de nós algo que nos detém ou que nos deixa amargurados quando fazemos algo que esteja em desacordo com os padrões de moralidade da sociedade da qual fazemos parte. Freud, quando cria o conceito de superego, estava especialmente preocupado com a questão da culpa. Fato é que, via de regra, nos sentimos incomodados quando percebemos que erramos.
Onde e como nasce a culpa é uma questão para a psicologia resolver; a Sagrada Escritura, no entanto, tem a cura definitiva para a culpa que aflige o nosso coração. Mas é fundamental que tomemos consciência da nossa condição de pecadores, de mulheres e homens inclinados ao erro, e que, para vivermos bem com a nossa consciência, essa culpa carece de expiação. No tempo do Antigo Testamento, essa culpa era expiada através do sacrifício de animais, conforme nos relata Moisés.
Jesus Cristo, que com sua morte e ressurreição, se nos apresenta como o sacrifício perfeito, aquele que assumiu os nossos pecados, de modo que toda a culpa que carregamos, foi definitivamente expiada por meio do seu sacrifício na cruz. E é dele que fala o profeta Isaías quando afirma que cada um de nós fez o que quis, cada um escolheu um caminho próprio; e sobre ele o Eterno descarregou todos os nossos pecados, tudo que fizemos de errado.
Em virtude disto, o tempo da angústia terminou. O Senhor Jesus assumiu nossas culpas e, nele, temos a salvação.
