Cadeiras de rodas tomam estacionamentos e motoristas acordam para a acessibilidade

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Paracatu(MG) – 24/12/2013 – Quem foi de carro ao centro da cidade neste sábado (21) e tentou, com certa demora, a estacioná-lo, sentiu um pouquinho daquilo que a maioria dos deficientes físicos sofre todos os dias quando saem de suas casas: Suas vagas e seus acessos quase que sempre ocupados ou obstruídos por quem não lhe é de direito.
Com aproximadamente uma dezena de cadeiras de rodas em que se liam frases corriqueiras e de pretexto, do tipo “É só um pouquinho!”, “volto logo!”, “É rapidinho!”, voluntários e membros da Associação dos Deficientes Físicos de Paracatu (ADFP) e do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência, além de proprietários de uma auto escola da cidade, saíram às ruas com o objetivo de despertarem a população e principalmente motoristas e motociclistas, quanto ao respeito à acessibilidade.
Em tom de protesto, vagas de estacionamento que normalmente são disputadas à cada minuto, foram ocupadas por cadeiras de rodas em pontos estratégicos, como na Feira Livre (Rua Romualdo Ulhôa Tomba), Praça Firmina Santana e Avenida Olegário Maciel. Como de costume, houve quem reclamasse e quem apoiasse a iniciativa.
De acordo com o Presidente da ADFP, Wilmar Lourenço da Silva (37), a campanha foi inspirada em outras já realizadas em algumas capitais, como Curitiba, no Estado do Paraná, e somente agora a sua realização foi possível em Paracatu, já que ele obteve apoio da Prefeitura e outras entidades interessadas na causa. Ainda segundo ele, a campanha com as cadeiras de rodas deve continuar a acontecer nas vias centrais e mais movimentadas do município, até que alcance o mínimo de sensibilização por parte dos condutores de veículos.
Silva ainda relatou que a Associação que preside tem-se reunido com a Prefeitura Municipal, com o intuito de garantir a construção de mais rampas de acesso e a implantação de sinalização, que irão melhorar a locomoção dos portadores de necessidades especiais.
Em editorial publicado recentemente por este colunista, intitulado “a acessibilidade posta em xeque”, chamou-se a atenção para as centenas de irregularidades detectadas nas calçadas da cidade, comomuros que foram avançados sobre os passeios, rampas de garagem em desacordo com a Lei, churrasqueiras, mesas e cadeiras em local impróprio, falta de nivelamento nos passeios e a ausência de fiscalização contra esse flagrantes desrespeitos com os pedestres e especialmente com as pessoas com mobilidade reduzida.
(*) Carlos Lima é graduado em Arquivologia pela Universidade Federal da Bahia (UFBa), é Pós-Graduado em Oracle, Java e Gerência de Projetos, é consultor em organização de arquivos e memória empresarial e exerce a função de Arquivista do Arquivo Público Municipal de Paracatu.
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