Sindicato dos Professores recebe homenagem na Câmara

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A homenagem proposta pelo Vereador Vereador Rosival Araújo (PT), ao Sindicado dos Professores de Minas Gerais, foi atendido pelos parlamentares, sendo a moção aprovada por unanimidade.

Durante a cerimônia, que contou com a presença de um grande número de profissionais de educação nas galerias da Câmara, o Presidente da Câmara, Professor Glewton de Sá (PROS), parabenizou os representantes do SINPROMINAS e destacou a necessidade de maior reconhecimento à classe dos professores.

“-O reconhecimento ao Sindicato é diretamente o reconhecimento ao Professor e homenagens como esta, deveriam acontecer pelo menos uma vez por mês e em particular aos sindicatos que defendem arduamente nossa classe e que, geralmente são lembrados apenas quando precisamos e quando nos sentimos pressionados e injustiçados em nosso trabalho.” Ressaltou Professor Glewton.

O Presidente do Sindicato dos Professores, Sr. Gilson Luiz dos Reis, agradeceu a homenagem da Câmara, afirmando que “não é comum um Sindicato ser homenageado”.

“-Esta homenagem aqui hoje, representa muito e é de grande importância, não pra mim, não só para a diretoria do sindicato, mas para todos os professores, pois é normal vermos homenagens a empresários, políticos e a alguns poderosos que financiam campanhas políticas, mas não àqueles que lutam ao lado do povo.” Disse Gilson Reis, que ainda finalizou sua fala, lembrando as conquistas do povo brasileiro e a participação dos Sindicatos nas mudanças do Brasil.

“-A democracia ainda tem muito a ver com o poder do dinheiro, talvez porque o movimento sindical em todos os grandes momentos da história do Brasil, o sindicatos dos Professores estava nas primeiras fileiras das manifestações pedindo impeachment do Presidente Collor, pedindo eleições diretas e outros interesses do povo Brasileiro.”  Finalizou.

Ao final da solenidade, o Presidente do SINPROMINAS convidou os professores: Pedro Afonso Martins de Souza, Marcos Spagnuolo, Walderez Porto Gonçalves e Núbia Ap. Faria Magalhães para receberam também uma homenagem do Sindicato extensivo a todos os profissionais de Educação de Paracatu.

História do Sinpro Minas

O Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro Minas) foi fundado em 12 de fevereiro de 1933, quando havia em Belo Horizonte cerca de seis colégios particulares, quase todos confessionais. Desde então, a entidade vem lutando pelos direitos dos professores da rede privada no estado e por uma educação de qualidade.

Da fundação ao final dos anos 70, o sindicato sofreu várias intervenções governamentais, não se deixando enfraquecer na luta pela categoria docente. Uma delas, em 1943, feita a pedido do governo federal, resultou na suspensão da posse da diretoria.

Naquele ano, o Ministério do Trabalho determinou ao Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) que investigasse a suposta vinculação de dois diretores com o movimento integralista, de orientação fascista e de direita.

Mas os primeiros anos também foram marcados por muita luta. Em 1949, data da primeira negociação salarial, a categoria aprovou em assembléia a instauração do dissídio coletivo. Um ano depois, foi realizada a primeira campanha pelo repouso remunerado e, entre 1956 e 1960, a entidade participou dos debates sobre a Lei de Diretrizes e Bases da Educação e a criação da Federação dos Professores do Ensino Secundário, além de ter desenvolvido uma luta mais sintonizada com a ascensão do movimento sindical da época.

Ainda na década de 50, o sindicato iniciou a sua interiorização, que ganhou maior impulso a partir de 1962, quando foi criado o Departamento de Interior. Contudo, somente a partir de 1980, com a criação das regionais, é que a entidade começou a organizar, de fato, uma ação direta nos municípios de todo o estado.

É também a partir do início da década de 80 – período de redemocratização do país – que o Sinpro Minas passou a participar ativamente das diversas lutas sociais, entre elas as campanhas a favor da anistia aos cassados pelo regime militar e contra os decretos do governo Figueiredo (1979-1985), o movimento pró-CUT (Central Única dos Trabalhadores) e as campanhas das Diretas-já e pela convocação da Assembléia Nacional Constituinte. A entidade apoiou também o movimento “Lula presidente”, em 1989, e o que exigia o impeachment do então presidente Fernando Collor, realizado em 1992. Ao longo da década de 90, o Sinpro Minas se empenhou na batalha contra o projeto neoliberal capitaneado por Fernando Henrique Cardoso, que investiu fortemente contra os direitos trabalhistas.

Hoje, em decorrência da luta e da união da categoria, o Sinpro Minas é uma entidade forte, atuante e com total autonomia. Possui em sua base cerca de 65 mil professores de diversos níveis de ensino, da educação infantil ao ensino superior, e atende a categoria por meio de sua sede, em Belo Horizonte, e das 12 regionais localizadas em importantes regiões do estado, o que permite ter maior alcance dos 853 municípios de Minas Gerais.

Ao longo desses anos, inúmeros eventos, cursos, oficinas, palestras e atividades culturais e educacionais foram realizados pelo sindicato, com o objetivo de promover a discussão sobre assuntos importantes para a categoria e proporcioná-la momentos de descontração e lazer. O Espaço Cultural Jornalista Barbosa Lima Sobrinho, inaugurado em 1994, tornou-se palco constante de shows, lançamentos de livros, concursos literários, exposições fotográficas e de obras de arte, debates, entre outras atividades. 

Na área da educação, o Sinpro Minas se destaca atualmente como um dos sindicatos do país que mais obtém conquistas – como o adicional extraclasse, as bolsas de estudo, o repouso remunerado –, em função da força e da mobilização da categoria. Sempre presente nas lutas do povo brasileiro e em defesa dos direitos dos professores, o sindicato, nesses mais de 70 anos de existência, não tem medido esforços para buscar a criação de um modelo educacional que tenha como premissas básicas a valorização da categoria e a qualidade do ensino, e que contribua para a unidade e o desenvolvimento da nação.

Foto: Tarcísio Gomes / O Movimento

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