Iniciou-se às quatorze horas de hoje a reunião entre o Sindicato e a Mineradora Kinross que decidirá se os 430 funcionários que trabalham de turno na empresa entrarão em greve ou não.
Segundo representantes do Sindicato, a legislação trabalhista estabelece que estes funcionários devem possuir uma jornada de trabalho de 180hs mensais. No entanto, num contrato firmado há dois anos entre a empresa e o sindicato, estabeleceu-se uma jornada de 240hs mensais com um aumento salarial de 8% mais abonos.
Esse contrato já chegou ao seu fim, e as renegociações estão a pleno vapor, porém sem atingir um denominador comum. Os funcionários aceitaram manter a carga horária sob a condição de receberem um reajuste que some um total de 25%. Pré-requisito este que até o presente momento a empresa se recusou a atender.
Em entrevista concedida ao FM Repórter e ao Paracatu.Net, o Vereador de Paracatu e vice-presidente do Sindicato dos funcionários das Empresas Extrativistas, Rosival Araújo, os funcionários estão requerendo que a empresa assuma o compromisso de remunerá-los de modo correspondente ao tempo trabalhado.
Segundo o sindicalista, os funcionários abriram mão de muitas coisas para atenderem a jornada estabelecida: sacrificaram seus momentos de lazer, passaram a dispor de menos tempo para a família e para os estudos. Enfim, completa ele: “Estamos já na sétima reunião com a empresa e é muito grande a possibilidade dos trabalhadores paralisarem suas atividades. Não estamos pedindo nada que não seja do nosso direito.”
Ao ser indagado sobre retaliações aos funcionários que aderirem à greve, Rosival afirmou que todas as negociações serão feitas de modo a evitá-las. Reconhece-se, pois, a possibilidade da empresa fazer uso delas para defender seus interesses.
Nessa segunda feira (08/02) acontecerá na câmara municipal a reunião da assembléia para deliberar sobre o assunto.
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