Paracatuense, viúva de ex-Governador de Minas morre aos 107 anos

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A Paracatuense Coracy Uchôa Pinheiro, esposa do responsável por tocar as obras de construção de Brasília, e também ex Governador de Minas Gerais, Israel Pinheiro, faleceu na última sexta-feira aos 107 anos em Belo Horizonte, onde também foi enterrada.

Dona Coracy, como era conhecida, casou-se com Israel Pinheiro ainda nos anos 20 e estava ao lado dele quando Juscelino Kubitschek o convidou para presidir a Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil em 1956. Israel renunciou ao mandato de deputado federal para ficar marcado na história de Brasília e do Brasil.

Nascida em Paracatu (MG) e mãe de nove filhos, Dona Coracy tinha o sangue corajoso e obstinado dos nordestinos, pois era descendente de pernambucanos e alagoanos. Ela e o marido foram os primeiros moradores do Catetinho. Sempre empenhada para conseguir remédios, médicos e escolas, Coracy não perdeu tempo e começou logo seu trabalho com a Associação das Pioneiras Sociais
 
Mais sobre Dona Coracy

Foram 107 anos de coragem, obstinação, força e presença na vida política de Minas Gerais. Coracy Uchôa Pinheiro nasceu em Paracatu, Minas Gerais, é descendente de pernambucanos e alagoanos. Aos 11 anos foi morar no Rio de Janeiro e estudou no Colégio Regina Telles onde concluiu o 2º grau. Aos 17 veio morar em Belo Horizonte onde conheceu Israel Pinheiro em dezembro de 1926. “Foi amor à primeira vista”, declarou. O casamento aconteceu em setembro de 1927 e tiveram nove filhos.

Em 1946, se muda para o Rio de Janeiro onde o marido é eleito deputado federal. Ela sempre presente o apoiou em todas as campanhas eleitorais e foi sua grande companheira e confidente.

Juscelino Kubitschek, muito amigo de Israel Pinheiro, o convida para participar do projeto da construção de Brasília, o casal muda-se então para Brasília, sendo os primeiros moradores do Catetinho. Dona Coracy começou seu trabalho social na “Associação das Pioneiras Sociais” e se envolveu em diversos projetos.

Empenhava-se em conseguir para a população carente, remédios, médicos, escolas e até mesmo providenciar enterros, pois não havia cemitério na cidade.

Brasília construída, Israel retorna à Minas Gerais, e em 1965, é eleito governador, e Coracy então assume o SERVAS (Serviço Voluntário de Assistência Social) e se empenha mais uma vez nas obras culturais e sociais. Apaixonada e conhecedora da arte dos mineiros pede a Israel que inclua na construção do “Palácio das Artes” o “Centro de Artesanato Mineiro”, um espaço nobre dedicado aos artistas populares.

Também foi dela a idéia de transformar o “Solar do Tinoco” em Caeté – antiga residência da família Pinheiro, em Museu Casa João Pinheiro e Israel Pinheiro, visando resguardar o legado político e social destes dois grandes homens que fizeram parte da história de Minas. Assim é Coracy no auge dos seus 105 anos: forte, zelosa, determinada, que ainda crê num mundo de homens de bem.

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