Busquei o Senhor, e ele me respondeu;
livrou-me de todos os meus temores.
(Sl 34.4)
O medo é um dos grandes problemas que aflige o mundo contemporâneo. Temos medo de tudo: de perder o emprego, a família, o amor, a saúde. Tememos, principalmente, pela nossa existência, face a violência que se espalha de forma assustadora, e que rouba a vida da maneira mais banal possível.
Diante desse quadro de insegurança, não há muito a quem recorrer. Os serviços públicos essenciais não funcionam como deveriam: educação, saúde e segurança, de maneira que vivemos cercados por malfeitores de toda a espécie, aumentando os nossos temores em relação ao presente e futuro. A classe política, de modo geral, está muito mais preocupada em se dar bem do que com o governo do povo, e fecha os olhos diante de uma realidade que se impõe cada vez mais complexa e assustadora.
Vivemos feito órfãos, cheios de medos, inseguros, sem saber muito bem se, ao fim do dia, chegaremos com vida em nossas casas, ou se, no caminho, seremos vítimas de sequestro, de acidente fatal ou de assalto seguido de morte. É esse o mundo em que dividimos nossas vivências e preocupações com os demais humanos, companheiros desses mesmos desassossegos e aflições.
Porém, há uma diferença substancial entre aqueles que crêem e os que vivem sob o signo da descrença e distantes de Deus. Enquanto estes depositam a sua confiança na vida presente, no Estado e em si próprios, aqueles confiam no Senhor e a ele recorrem nos momentos de aflição e temor, certos de que sempre serão atendidos, ainda que o tempo de Deus não coincida com a sua expectativa do presente.
Deus sempre responde às orações dos seus eleitos, é o que nos diz as Escrituras, de maneira que dizemos sempre com o salmista, "o Eterno me encontrou mais que necessitado e me libertou dos meus medos."
