A Polícia Civil de Paracatu recebeu a imprensa para um coletiva em que comunicou à comunidade a prisão do suspeito do homicídio de Vinícius de Oliveira Andrade, “Maninho”, que foi executado no último dia 12 Março as na Praça do Santana.
De acordo com Dr. Amarantino Neto, responsável pela Delegacia de Homicídios, o crime teve motivação passional, pois, após a conclusão das investigações, foi apurado que a vítima teve um relacionamento no passado com a esposa de Luiz Henrique Vieira, 24 anos, (vulgo Sassá) mandante do crime e que conduzia a motocicleta com o assassino comparsa na “garupa” que executou Maninho com um revólver calibre 38.
Segundo o inquérito, em dezembro do ano passado, Luiz Henrique teria ameaçado matar Maninho e com a ajuda de um comparsa, executou o jovem no último mês.
O caso começou a ter solução quando a arma do crime foi apreendida pela PM com Ailon Ferreira dos Santos, 18 anos (vulgo Manchinha) e Matheus Rodovalho Santos, 18 anos. O exame de balística confirmou que a arma foi a mesma utilizada no assassinato e de posse desta e de outras informações, na última quinta feira, 04 de abril, a Polícia Civil efetuou a prisão de Luiz Henrique depois de ele ter sido apresentado por um advogado.
As investigações da Polícia Civil destacam também que, o suspeito Luiz Henrique (Sassá) é um dos dos responsáveis pelo tráfico de drogas em Paracatu. Sassá encontra-se preso no presídio de Paracatu.
Com relação a apuração de outros casos Dr Amilton afirmou que a quantidade de homícios aumentou, mas a sociedade não tem participado por receio.
“-Temos 46 tentativas de homicídios em Paracatu este ano e 13 consumados. É um índice muito elevado, mas, quando tivemos a informação de uma suspeita, cumprimos o mandato de prisão, e com o reconhecimento de testemunhas tivemos condições de mantê-lo preso. Muitas vezes as pessoas não querem testemunhar porque medo do poder do tráfico. O meio de prova ainda é difícil porque mesmo quem viu ou presenciou não quer se comprometer.” Afirmou Dr Amarantino.
O Delegado também comentou que vários crimes cometidos por menores em Paracatu não tem uma motivação específica, mas fazem parte de uma guerra entre as facções.
“-O simples fato do menor agradar o comando já o satisfaz. É impressionante o estado que se instalou nas facções que querem dominar o tráfico em Paracatu e quando alguém pratica um assassinato contra um desafeto, este menor se sente protegido pelos superiores.”
Amarantino ainda destacou que a solução para a criminalidade passa pela participação da sociedade.
“-Aparecem várias versões no início de uma investigação e a gente perde muito tempo apurando cada uma delas. O conjunto probatório é muito importante, por isso peço a confiança da população para nos ajudar. A população municiando a Polícia com informações mais seguras, irá facilitar e abreviar o nosso tempo. Quem é de bem utiliza o 197 e denuncia, com isso nós podemos ser mais assertivos e mais rápidos.” finalizou
Na imagem: Equipe da Polícia Civil / Arma utilizada no Crime / Luiz Henrique (Sassá)
Fotos: Ailton Pinheiro / Rota do Crime
