"Diz o tolo em seu coração: “Deus não existe”.
Corromperam-se e cometeram atos detestáveis;
não há ninguém que faça o bem."
(Sl 14:1)
A ideia de que Deus não existe, e que tanto sucesso fez no meio intelectual no século XIX anda em desuso, ainda que Richard Dawkins tenha se levantado como profeta do ateísmo contemporâneo e opositor ferrenho de Deus e das religiões. Isso porque, a teoria do big-bang e, também a da evolução, tal acredita a moderna biologia, são tão absurdas para qualquer mente sã, quanto a ideia de que Deus possa existir e que, ele mesmo, seja o supremo criador de tudo e de todos.
Como assim, tudo surgir do nada? Isso é mesmo possível?
Ora, do nada não pode surgir outra coisa senão o próprio nada, é o que afirma a mais elementar das filosofias. Simples, não? Sim, é simples, mas há quem complique isso, criando teorias mirabolantes para explicar a origem do mundo e do ser humano.
A descrença no Absoluto parte, muitas vezes, da nossa observação do mundo e da maldade que acompanha a humanidades desde que temos registros históricos. A própria Bíblia é um bom exemplo disso, quando narra uma sucessão de violências, culminando com aquela maior e mais paradigmática da qual temos conhecimento: o assassinato de Jesus de Nazaré, dito o Cristo, o filho de Deus.
As vozes mais fortes denunciando que Deus era a maior das invenções humanas podem ser encontradas em muitos textos, mas o assunto virou moda no século XIX com Feuerbach, Marx, Nietzsche e Freud. Os três últimos são chamados, inclusive, de os "profetas da morte" de Deus, tal foi o impacto de suas teorias e que perduram até hoje em nossas universidades.
O salmista, no entanto, é peremptório: quem afirma que Deus não existe não é outra pessoa senão um tolo, um insensato e idólatra.
Como anda a nossa fé? Acreditamos mesmo que Deus existe e que intervém em nossa vida? Que cuida de nós e que é o soberano de toda criatura?
