O Concílio e o Ano da Fé

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A exatos 50 anos da abertura do Concílio Ecumênico Vaticano II, na manhã ensolarada de domingo, 11 de outubro, o Santo Padre Bento XVI presidiu na Praça São Pedro, em Roma, Soleníssima Concelebração Eucarística, abrindo o Ano da Fé. Milhares ou milhões de pessoas puderam assistir mediante o sistema italiano “mondo visione”. 
Na homilia o Papa teve seu pensamento voltado para o futuro da Igreja e para o novo legado do Concílio. Alguns sinais específicos enriqueceram externamente aquele brilhante ato religioso: a procissão inicial, recordando a memorável entrada solene dos mais de 2.500 “padres conciliares” na Basílica São Pedro, para a então abertura do Concílio (11/10 / 1962); a solene entronização do Evangeliário, a Palavra de Deus; a simbólica entrega, ao término da celebração, das sete mensagens finais do Concílio e do Catecismo da Igreja Católica.

O Ano da Fé tem um relacionamento coerente com todo o caminho da Igreja ao longo dos últimos 50 anos, que sempre apontou para Jesus Cristo como único Salvador, ontem, hoje e sempre (Hb 13, 8). Ele, “caminho verdade e vida”! (Jo 14, 6).

Bento XVI recordou as palavras do Papa João XXIII, no discurso inaugural do Concílio, reafirmando sua finalidade principal: “que o depósito sagrado da doutrina cristã seja guardado e ensinado de forma mais eficaz”. Importa, disse o Santo Padre, “fazer resplandecer a verdade e a beleza da fé no nosso tempo, sem sacrificá-la frente às exigências do presente nem mantê-la presa ao passado… e reavivar aquela mesma tensão positiva, aquele desejo ardente de anunciar novamente Cristo ao homem contemporâneo, sempre apoiado na base concreta e precisa, que são os documentos do Concílio Vaticano II”.

No entanto, no correr dos tempos, tanto ocorreram extremos de nostalgias anacrônicas e avanços excessivos como surgiram aqueles que acolheram acriticamente a mentalidade dominante, questionando os próprios fundamentos da fé.

Eis por que o Papa propõe hoje um novo “Ano da Fé e a nova evangelização”, não para prestar honras, mas porque é necessário mais ainda do que há 50 anos. De acordo com uma expressão muito pessoal de Bento XVI, hoje experimentamos “uma desertificação espiritual”. Pois é a partir da experiência desse vazio que podemos redescobrir a alegria de crer, sua importância vital para o homem contemporâneo que, “às apalpadelas” (At 17, 27),  procura o verdadeiro sentido da vida. 
É desse modo que podemos entender o Ano da Fé: “uma peregrinação nos desertos do mundo contemporâneo, em que se deve levar apenas o que é essencial: nem cajado, nem sacola, nem pão, nem dinheiro, nem duas túnicas” (Lc 9, 3), como Cristo propôs ao Apóstolos ao enviá-los em missão, mas sim o Evangelho e a fé da Igreja, dos quais os documentos do Concílio Ecumênico Vaticano II são uma expressão luminosa, assim como o valioso conteúdo do Catecismo da Igreja Católica, publicado há 20 anos, e que o Ano da Fé nos levar a retomar.

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