"O Senhor é refúgio para os oprimidos,
uma torre segura na hora da adversidade.
Os que conhecem o teu nome confiam em ti,
pois tu, Senhor, jamais abandonas
os que te buscam."
(Sl 9.9-10)
Ainda que vivendo num país democrático, há opressão por toda parte: opressão da moda e da beleza, que impõem um padrão de estética único ao qual somos instados a aderir sob pena de sermos excluídos. Nos sentimos oprimidos pela onda de violência que assola o país e que nos faz viver sob clima de terror. Somos oprimidos, pasmem, por igrejas, pastores e padres que ainda não compreenderam que Cristianismo rima com liberdade, e que não existe opressão para quem está salvo em Jesus Cristo.
Muitos de nós também experimentamos o abandono em nossas relações: esposo que abandona esposa, mulher que deixa marido, pais que abandonam seus filhos, e filhos que largam os seus pais à própria sorte. Não bastasse experimentar o abandono na esfera familiar, não são poucos os que diariamente são abandonados pelo Estado: os sem serviço de saúde, os sem-comida, os sem-teto, os sem-terra, os sem-trabalho. Não há como lançar o olhar sobre a humanidade e não enxergar essas contradições nas quais estamos submersos.
Há saída visível para a superação de todas essas contradições? Como falar do Deus de amor para um mundo de mal-amados? Como pregar a libertação para um povo oprimido? Como, por fim, anunciar o Reino de Deus numa sociedade calcada na opressão e na violência?
A verdade é uma só: não há abandono para quem se entregou ao amor furioso de Deus. Não existe opressão onde os valores do Reino dos Céus são as únicas regras de fé e prática. Não há desespero para aquele que espera em Deus, pois quem O conhece e a Ele se entregou, jamais se sentirá abandonado ou oprimido. Sim, o Senhor é o único refúgio no qual os corações desesperados encontram repouso.
