O Sínodo dos Bispos

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No exercício de seu múnus de Pastor Universal, o Santo Padre é assistido pelos bispos que colaboram com ele de diversos modos, entre os quais o Sínodo dos Bispos. Trata-se de uma assembléia do Papa com alguns bispos escolhidos como representantes das Conferências Episcopais ou de outras instituições ou organismos da Igreja. 
Convocados pelo Papa, eles se reúnem ocasionalmente para promover melhor a união entre si e o Papa, auxiliando-o na preservação e crescimento da fé e dos costumes, na observância da disciplina eclesiástica e em questões que se referem à ação evangelizadora, mantendo vivo o autêntico espírito de corresponsabilidade na Igreja. No correr dos tempos, esse antiquíssimo costume caiu em desuso e desapareceu de todo na Igreja do ocidente. 
O Concílio Vaticano II restaurou-o e o Papa Paulo VI oficialmente o restabeleceu. Um sínodo, por natureza, se distingue de um Concílio Ecumênico. Deste participam todos os bispos da Igreja Católica, todos, sem exceção, com direito a plena participação, com voz e voto. O Sínodo é constituído apenas por um número bem limitado de participantes, em proporção ao número de membros de cada Conferência Episcopal e em representação desta, com finalidade apenas consultiva. Há três tipos de Sínodos: os Ordinários, que se reúnem de três em três anos; os Extraordinários, convocados em circunstâncias emergenciais, e os Especiais, que tratam de questões e desafios pastorais circunscritos a um país ou continente. De 1965 até este ano, foram realizadas vinte e três Assembléias Sinodais: treze de convocação ordinária; duas extraordinárias; duas especiais e seis continentais, tendo todas elas contribuído muito para o bem da Igreja de Jesus.

De 7 a 28 de outubro corrente, realiza-se em Roma a 13ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, focada na necessária renovação dos métodos na transmissão da fé cristã. O tema – “Nova Evangelização para transmissão da fé cristã” – realça a importância e a relevância da magna assembleia, uma vez que trata da missão primordial da Igreja, que é evangelizar. Na verdade, a Igreja se encontra diante do desafio de promover uma Nova Evangelização a fim de atingir, de maneira mais eficaz, todos os destinatários da evangelização nos difíceis momentos atuais. Já o Papa Bento XVI, na Carta Apostólica “Porta Fidei”, com a qual anunciou o Ano da Fé, advertiu que estamos diante de um sério risco de perda e diluição da fé cristã nos tempos atuais, o que seria a perda do seu tesouro mais precioso.
Esse apelo para uma Nova Evangelização não é novidade na Igreja. A primeira conclamação foi feita à Igreja inteira pelo Papa João Paulo II, em 1980. Na América Latina, essa preocupação ficou bem explicitada na IV Conferência Geral do Episcopado Latino Americano e do Caribe, em Santo Domingo, em 1992. Na virada do novo milênio, esse mesmo apelo foi mais forte e foi objeto de inúmeras assembleias especiais do Sínodo dos Bispos, em diversos Continentes. No fundo, esse foi o grande objetivo do próprio Concílio Vaticano II, realizado de 1962 a 1965, com o objetivo primeiro de “incrementar a fé católica”.
 A Nova Evangelização parte da percepção renovada de que estamos em estado permanente de missão e de que todos nós, membros da Igreja, somos um povo de discípulos missionários de Jesus Cristo. A ação evangelizadora nunca termina, nunca se encontra como “já feita”. Cada geração precisa ser continuamente evangelizada.Situações e desafios novos exigem novas iniciativas, métodos apropriados e linguagem atualizada, desde que a Igreja permaneça fiel a si mesma, aos conteúdos da fé e ao mandato de Cristo: “ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura”! (Mc 16, 15). 
Certamente é possível e imperioso que a linguagem da evangelização seja atualizada, modernizada, corretamente inculturada, sem que seja alterada a essência do Evangelho. De fato, já estamos usando em larga escala “linguagens novas”: imprensa, rádio e televisão, internet e as mais avançadas mídias.Cumpre usá-las intensamente, mas de maneira adequada e correta. Além disso, temos ainda os mega eventos eclesiais, por exemplo, as Jornadas Mundiais da Juventude, assim como os Encontros Mundiais das Famílias, as semanas temáticas (Semana da família, Semana da vida) e outros eventos como o Hallel etc.. Em particular, reconhecemos que a JMJ Rio 2013 (Jornada Mundial da Juventude a ser realizada no Rio de Janeiro, em julho do próximo ano, com a presença de Bento XVI) tem um enorme potencial evangelizador para a juventude e para a Igreja toda, considerando que o melhor apóstolo do jovem é outro jovem.    

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