"Se seu coração está ferido, você encontrará o Eterno bem ali.
Se você levou um soco no estômago, ele o ajudará a recuperar o fôlego."
(Sl 34.18)
Os caluniadores estão por toda parte e, na ânsia de atingirem os seus objetivos, mesmo que escusos, lançam mãos de tudo para denegrir a vida das pessoas sérias e honestas. As calúnias ferem, machucam, nos entristecem e causam uma dor profunda no coração dos que a sofreram. O pior de tudo é que, via de regra, essas pessoas usam de subterfúgios e do anonimato para desferirem os seus covardes golpes.
Quem, durante toda a vida, não foi vítima de calúnia pelo menos uma vez? Se você, que agora me lê, já foi caluniado, sabe muito bem o que estou querendo dizer. E quando vem de alguém que conhecemos, ou de um parente, ou de quem julgávamos amigo, a dor é ainda maior. Nos sentimos traídos, somos tomados de raiva, a ira pode apossar-se de nós; algumas vezes até queremos acertar as contas com o mentiroso que nos nocauteou no estômago. Esse, porém, é um dos objetivos do caluniador: nos tirar o equilíbrio; nos fazer perder a razão e jogar usando as armas da violência e da força.
A pessoa temente a Deus, no entanto, não age dessa forma. Ela não responde usando as mesmas armas; ela não se abate, não abaixa a cabeça, nem se deixa levar pelo desespero porque sabe que não está sozinha e de que Alguém sabe a verdade e de que esta, a verdade, mais cedo ou mais tarde mostrará a sua face, desnudando a farsa que os caluniadores tentam impingir a um justo. Este, por fim, perdoa.
Nestas horas, precisamos confiar em Abba, nosso paínho de amor, acreditar que não estamos sozinhos, que a dor provocada pelo soco no estômago logo vai passar e que, triunfantes, num futuro bem próximo estaremos novamente alegres, andando de cabeça erguida, enquanto os nossos caluniadores caminharão envergonhados e desmoralizados em razão dos seus atos vergonhosos.
