"Quando eu estava desesperado, gritei,
e o Eterno me tirou de um aperto."
(Sl 34.6)
É sempre muito bom ter a quem recorrer nos momentos de aperto. Quando éramos crianças e nos envolvíamos em alguma confusão, dava aquele alívio a chegada de um tio, do irmão mais velho, de um amigo, e nos socorria. Se fazíamos alguma travessura, íamos pra casa morrendo de medo, porque o pai, quase sempre, nos repreendia. Então fugíamos dele. Recorríamos, nestas horas, à nossa mãe, que tinha esse papel de fazer a média, de nos defender e nos amparar.
A Bíblia, além de ser a Palavra de Deus inspirada e revelada à humanidade é, também, o relato dessa longa história de amor entre o Eterno e o seu povo. O Antigo Testamento trata, sobretudo, da relação entre YHWH e Israel, relação esta nem sempre pacífica. Temos, de um lado, um povo de cabeça dura, pecador e desobediente e, de outro, um Deus fiel, porém ciumento e sempre disposto a castigar os infiéis.
Jesus Cristo nos revelou muito de Deus. Nos ensinou, por exemplo, que embora justo, ele é Deus de amor, paínho querido, Abba, que sempre nos socorre nos momentos de aflição e desespero. Que não desampara o fraco, o oprimido nem o humilhado. Nem àquele que agiu com arrogância e orgulho, se o procurar com o coração contrito, lhe nega o seu amor (Lc 15.11-32); pelo contrário, o recebe como filho querido, ovelha perdida que voltou para a Sua casa.
Não estamos sozinho no mundo, como acreditam os que não creem. Não estamos à mercê da natureza nem muito menos das leis da física, como querem nos fazer crer os estudiosos. Não somos filhos bastardos, jogados num mundo de desilusões e desespero como apregoam os insensatos.
Nos momentos de angústia e dor, temos a quem recorrer. Como uma mãe que ampara o seu filho, Jesus Cristo, o filho do Deus vivo, nos socorre, nos livra dos apertos, e nos consola quando gritamos por socorro.
