"O pobre é evitado por todos,
mas todos querem ser amigos do rico."
(Pv 14.20)
Convencionou-se relacionar em alguns meios cristãos bênçãos de Deus a prosperidade financeira. É o que se denomina "teologia da prosperidade", ou seja, para termos a certeza de que alguém é abençoado por Deus, precisamos contabilizar os seus bens materiais e a sua conta bancária. Com isso, muitos pobres se sentem excluídos e até fora dos planos salvívicos de Cristo, posto não conseguirem tornarem-se ricos.
Não vemos, no entanto, Jesus referir-se aos pobres de maneira dura ou com desprezo. Ao contrário, quando ele prega na sinagoga de Nazaré, abre o livro do profeta Isaías (Lc 4.18-21), e lê naquele Sábado: "'O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para pregar boas novas aos pobres. Ele me enviou para proclamar liberdade aos presos e recuperação da vista aos cegos, para libertar os oprimidos e proclamar o ano da graça do Senhor'. Então ele fechou o livro, devolveu-o ao assistente e assentou-se. Na sinagoga todos tinham os olhos fitos nele; e ele começou a dizer-lhes: 'Hoje se cumpriu a Escritura que vocês acabaram de ouvir'."
Igualmente quando João Batista (Lc 7.22-23) manda perguntar-lhe se ele é o Messias esperado ou se devemos aguardar outro, Cristo responde: “Voltem e anunciem a João o que vocês viram e ouviram: os cegos vêem, os aleijados andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados e as boas novas são pregadas aos pobres; e feliz é aquele que não se escandaliza por minha causa”.
Se você se diz cristão, mas é do tipo de pessoa que evita associar-se aos pobres e gosta de bajular gente rica porque acredita ser ela abençoada simplesmente porque muito tem, tome cuidado, porque lá em cima pode ter alguém insatisfeito com o seu comportamento.
