Diocese de Paracatu – 50 Anos

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Do hebraico jobel ou do grego jobelaios, jubileu era um preceito da lei mosaica que determinava a realização, a cada 50 anos, de uma grande solenidade pública. Na ocasião, soava pelas cidades o toque da trombeta ou do chifre de carneiro (jobel), para anunciar o início do jubileu (cf. Lv 25, 9-10). No correr do tempo, o termo tornou-se extensivo à comemoração do qüinquagésimo ano do matrimônio (nesse caso, preferível é dizer: bodas matrimoniais), do exercício da função sacerdotal ou celebração de uma data bem significativa.
Para o povo hebreu o jubileu trazia as marcas do resgate. Nele eram observados preceitos tais como o repouso da  terra e o descanso dos trabalhadores, a liberdade de escravos, a instituição de normas que regularizavam  a negociação de propriedades, o resgate de propriedades das famílias, a anulação das dívidas e outras mais. O ano do Jubileu interessava a todos e  levava em conta duas grandes premissas da ótica divina:
1º) – o reconhecimento de  que as desigualdades não provêem de Deus e, sim, do pecado, do egoísmo humano e devem ser corridas; 2º) – o perdão dos pecados, concedido por Deus.
O Jubileu lembrava a libertação e como tal, em sua mais legítima mensagem, já trazia a chegada do reino de Deus anunciado por Jesus. De certa forma, o próprio Jesus cumpriu em si mesmo o Jubileu festejado no Antigo Testamento. “Compreender o sentido da vida do Filho de Deus, de sua encarnação na história humana e aceitá-Lo pela fé como nosso Salvador, suscita em nós uma grande alegria e um sentimento de gratidão: um grande júbilo” (CNBB – RNM, nº 8), um sentimento jubilar. Na verdade, Jesus é e sempre será nosso grande jubileu.
O júbilo que suscita em nós a comemoração dos 50 anos de criação da Diocese de Paracatu – a percepção da luz com que Cristo iluminou nosso passado e ainda a projeta neste presente de nossa ação missionária – tornou-se, por necessidade interior e pelos sentimentos de gratidão, desejo de manifestar nossa alegria, nosso reconhecimento, nosso louvor à Trindade Santa. Foi o que realizamos mediante uma programação que envolveu todas as nossas Paróquias especialmente com a Solene Celebração Eucarística presidida pelo Ex.mo Sr. Núncio Apostólico e concelebrada pelo Presbitério Diocesano, juntamente com inúmeros Arce/bispos que nos acompanharam naquele momento.
Reconhecemos com sincera humildade como Deus foi misericordioso e favorável para com os filhos desta Igreja. Quantas realizações enriquecem hoje a vida cristã de nossos diocesanos! Contudo, é imperioso rever nossas atitudes e refazer nossos compromissos missionários. Precisamos fazer uma vigorosa interpelação a nós mesmos: às nossas paróquias, comunidades, pastorais e movimentos eclesiais. Agradecer a Deus pelo Evangelho aqui anunciado e vivido, mas ao mesmo tempo prosseguir e avançar na missão de “evangelizar com novo ardor, novos métodos e novas expressões”, diante dos enormes desafios do momento atual.
Cuidemos de por em prática as grandes intuições do Concílio Vaticano II, as sábias orientações dos Sumos Pontífices, as Conclusões das Conferências do CELAM e os compromissos de nossa V Assembleia Diocesana de Pastoral. Saibamos viver em permanente processo de conversão, conscientes de que “é Deus que realiza em vós tanto o querer como o realizar” (Fl 2, 13). O dinamismo missionário de nossa diocese “tem como fonte última não a nossa capacidade empreendedora, a nossa competência e dedicação, mas a graça divina que fecunda o chão de nossa Igreja” (cf. CNBB – RNM, nº 67). É assim que, sem ingênuo otimismo, olhamos para o futuro com serenidade e viva esperança, dispostos a “avançar continuamente para águas mais profundas” (cf. Lc 5, 4).
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