"Ó SENHOR Deus, tenho tantos inimigos!
São muitos os que se viram contra mim!"
(Sl 3:1 NTLH)
Invejas, intrigas, dissensões: homo homini lupus. Estaria correto este provérbio latino, quando diz que o "homem é o lobo do homem"? Quem de nós nunca sentiu inveja nem foi invejado? Quem não se envolveu em intrigas ou disputas com o seu semelhante? É possível viver toda uma vida sem entrar em indisposição uns contra os outros? Destarte, há momentos na vida em que nos sentimos cercados de inimigos que conspiram contra nós.
Miméticos por natureza, nossa maior característica é a imitação. Imitando, nos tornamos humanos, construímos uma cultura e nos organizamos como sociedade competitiva. Mas, quando o desejo mimético entra em crise, aqueles que antes eram irmãos, podem se transformar em inimigos declarados — Caim e Abel (Gn 4. 1-34), Esaú e Jacó (Gn 25.1-34) —, um buscando a destruição do outro. Assim, quando menos esperamos, podemos ser golpeados por aquele que se diz nosso amigo, que senta conosco à mesa e nos chama irmão!
No entanto, por mais que busquemos viver em relação de amor e amizade com aqueles que fazem parte do nosso círculo íntimo, vez por outra temos a sensação de que estamos sendo apunhalados pelas costas, traídos por aqueles que temos como amigos. Nesses momentos, pode bater a desesperança, a tristeza e a descrença no ser humano.
É necessário, urgente e oportuno negarmos, com a nossa ação diária, a ideia de que o homem é o lobo do homem, e buscar viver em permanente relação de amor para com o nosso semelhante, atendendo, desta forma, ao mandamento do Senhor Jesus que diz: “Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros. Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros” (Jo 13.34-35 NVI).
