Entrevista exclusiva com o radialista Ed Guimarães

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Recentemente, e não pela primeira vez, o radialista Ed Guimarães protagonizou um feito inédito no Noroeste Mineiro, onde já se tornou referência: foi o único bicampeão entre as personalidades de 2011 que serão homenageados pelo portal Paracatu.net. O ano de 2012 também marca 22 anos de sucesso absoluto e liderança de público no programa de maior audiência no Noroeste de Minas. É conhecido por emitir sua opinião particular sem medo de retaliações e ainda colocar o programa à disposição daqueles que se sentirem ofendidos. Seu histórico na comunicação é tão grande quanto sua competência. Já atuou em diversos veículos em Minas Gerais e Brasília, apresentou programas de TV e Rádio e é citado pelos colegas de profissão e por profissionais de comunicação como referência em todo o Noroeste.

Em meio a tantos acontecimentos, Ed Guimarães conversou com exclusividade com a nossa equipe, e falou de sua história, os grandes desafios da vida e a missão de levar diariamente um noticiário de qualidade à região.

PARACATU.NET – Em 22 anos no ar com o FM Repórter, com certeza você tem boas histórias para contar. Para começarmos, poderia compartilhar conosco alguma que considera especial para sua carreira?

É importante ressaltar, para que o internauta entenda, que o programa completou 22 anos, porém antes do FM Repórter ir ao ar pela primeira vez, tive várias experiências que me proporcionaram condições de aprender a fazer rádio graças a generosidade dos colegas que passaram por minha vida profissional. Na verdade comecei no rádio aos 15 anos de idade, em 1981, na Rádio União de João Pinheiro. Em 1984 vim pela primeira vez a Paracatu trabalhar ainda na fase de implantação, na Rádio Boa Vista FM. Depois de um ano fui para Brasília onde atuei nas rádios Manchete, Transamérica e Globo FM, além da TV Manchete (TV Brasília). Em 1989 voltei a Paracatu com o claro objetivo de aproveitar a qualidade de vida do interior que me proporcionaria a condição de acompanhar o crescimento dos meus filhos. Aqui atuei na Rádio Juriti e na Boa Vista FM. Durante todo esse período tive vários momentos especiais. Em Brasília pude entrevistar, por exemplo, os integrantes do grupo de rock pop RPM no auge da carreira. Os rapazes do Titãs, Gilberto Gil, Fábio Júnior, Fagner e até a rainha dos baixinhos, a Xuxa. Acompanhei como repórter o panelaço durante o plano cruzado na esplanada dos ministérios, que culminou em tumulto e violência. Enfim, foram muitos os episódios importantes. Mas especificamente em Paracatu creio que passei os últimos anos contando a história de desenvolvimento da cidade que me recebeu de braços abertos. Narrei momentos felizes, mas também tragédias e fatalidades. Não seria possível sintetizar 22 anos em um momento especial. Prefiro dizer que o mais especial foi o instante em que de maneira visionária, o extraordinário homem de rádio Humberto Neiva, me ligou e convidou-me para uma reunião. Ali ele propôs a criação de um noticiário que informasse a população local sobre o que se passava aqui. Coisa que não existia na época. No apertar de mãos nascia o FM Repórter que, sem falsa modéstia, desde então vem fazendo parte da vida e da história dessa gente generosa de Paracatu.

PARACATU.NET – Hoje, o FM Repórter é líder absoluto de audiência e grande formador de opinião. Mas, há duas décadas, a realidade era a mesma? Como foi o surgimento do programa?

Lembro que durante cerca de três meses trabalhamos no vermelho. Pagando para trabalhar. Fazendo notícias e levando ao ar sem um único patrocinador interessado. Mas acreditávamos na idéia. Logo surgiu o primeiro patrocinador. Lembro que foi a Schincariol o primeiro a acreditar. Depois outros foram se somando ao verificarem os resultados. Hoje temos um grupo fiel de parceiros que estão conosco por auferirem os resultados. Da mesma forma que a credibilidade comercial veio gradativamente, o mesmo se deu junto aos ouvintes. Hoje fico feliz em contar, por exemplo, em minha equipe de trabalho, com o jovem Gustavo Santana que quando veio atuar como repórter disse: “Desde criança eu ouço o programa”. 

PARACATU.NET – Como é para você estar à frente de um programa tão influente como este, tanto em Paracatu como em toda a região? Já se sentiu alguma vez desconfortável com a missão de informar o ouvinte?
É uma grande alegria mas também uma imensa responsabilidade. Afinal, a credibilidade se constrói com o passar dos anos, mas pode se perder em minutos. Temos que ser sérios no compromisso de informar para garantir que tenhamos outros 22 anos no ar, quem sabe. É também importante valorizarmos os colaboradores e parceiros que ajudaram a construir esse conceito, como o Glauber César com o Vida Digital e outros que por aqui passaram como Florival Ferreira, Comandante Calmon (Chico Prista) e outros tantos. Quanto a desconforto na missão de informar, foram inúmeros os momentos. Desde o compromisso de narrar algum fato negativo relacionado a pessoas que queremos bem, quanto a levar ao ar acontecimentos que abalaram a cidade. Mas lembro com dificuldade dois momentos: Quando tive que anunciar a morte da repórter do nosso programa Rosilene Amorim, que foi assassinada. Foi um momento extremamente complicado. Outro momento foi falar da morte de outra colega de trabalho Micheline Neiva, que eu conhecia desde criança e vi crescer. Essas foram missões mais que desconfortáveis, foram dolorosas.

PARACATU.NET – Em quem você se inspirou, ou ainda se inspira, no meio da comunicação? O que lhe motivou a acreditar na carreira? 

Quando jovem ouvia muito a Rádio Mundial AM e também a Rádio Globo. Ouvia comunicadores como Luiz de França e outros da antiga escola do rádio. Porém com o passar do tempo e me aproximando mais do jornalismo voltei minha atenção para outros profissionais. Tive a grata satisfação de conviver profissionalmente com Alexandre Garcia e Monica Waldvogel quando trabalhei em Brasília. Porém vejo no profissional Caco Barcelos um grande exemplo. Quanto à carreira, quem me colocou no rádio e foi minha inspiração, foi meu pai, José Pedro Guimarães, que por hobby fazia comentários esportivos. Tomei gosto e desde então procuro dar o meu melhor.

PARACATU.NET – Qual conselho você daria para os jovens de hoje que sonham em viver da comunicação? Atualmente ainda são grandes os desafios a serem enfrentados?

Não é uma área fácil de enfrentar, mas se você cultiva o ideal de cumprir um papel social que lhe dá condições de alterar situações para melhor, invista em sua vontade. Sonhe e busque. Enfrente e não se deixe desanimar pelos embates. Eles surgem de onde você menos espera, mas você pode fazer a diferença. Você poderá enfrentar desafios pessoais, éticos, profissionais e até econômicos. Mas no final procure responder a você mesmo a seguinte questão: “Fiz o que era certo?” Se seu aceno interno for positivo continue, pois é esse o caminho!

PARACATU.NET – 22 anos passados, como você vê os próximos? Grandes projetos à vista?

Pretendo crescer e evoluir sempre contando com o apoio de minha família, dos amigos, ouvintes, parceiros, colegas e principalmente com a benção de Deus. Esta é a minha vocação e espero continuar me dedicando a ela. Projetos existem e são vários. Porém adiantá-los seria suprimir a alegria do anúncio que deve vir no momento certo.

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